Treinador agredido e torcida sem pudor

 Dois momentos horrorosos mostraram neste domingo o nível do futebol brasileiro. A falta de compromisso de dirigentes, treinadores e torcedores com aquele que é o principal esporte do povo brasileiro. O primeiro o estádio Estádio Francisco Stédile, quando o zagueiro Eliezer do Caxias numa disputa de bola empurrou o técnico Antonio Carlos Zago do Internacional o derrubando no gramado e o segundo foi no Estádio Heriberto Hulse em Criciuma, organizou um coro tétrico, mórbido e desrespeitoso contra a torcida da Chapecoense.

Saber receber é uma virtude e até então o Caxias estava recebendo a  nota máxima, pois o jogo era decisivo e valia vaga na final do Campeonato Gaucho, já que na primeira partida o Internacional venceu por 1 x 0.

Naquele momento a partida ainda estava empatada em 0 x 0 e não avia necessidade da agressão do jogador caxiense, mas pior que isso, é a atitude do treinador de sua equipe, demais membros da comissão técnica e diretoria que não fizeram nada para minimizar a situação.

Uma falta de respeito de Eliezer, com um treinador, que esbanja caráter, pois Antonio Carlos, Zago, enquanto jogador jamais agiu de forma incorreta com os colegas e é uma referência em vários clubes onde atuou.

Mas a pior cena foi em Santa Catarina. Após o jogo vencido pelo Criciuma por 1 x 0, os torcedores da Chapecoense fizeram um coro “ ão, ão, ão, segunda divisão” em referencia a presença do Criciuma na segunda divisão do Campeonato Brasileiro,  e os torcedores do criciúma responderam “ ão, ão, ão, abasteça o avião”, numa maneira estúpida, torpe, mal educada e acima de tudo, criminosa com a Chapecoense que teve seu elenco praticamente morto no acidente de 29 de novembro do ano passado.

Tanto num estádio como no outro, deve haver uma punição, para as torcidas, mas a do Heriberto Hulse, tem que ser muito severa, porque ninguém por mais estúpido que seja no mundo, gostaria de presenciar ou sentir na pele o que toda Chapecó sentiu no final do ano passado, vendo seus entes queridos serem mortos de forma tão precoce e num velório coletivo doloroso.


Mas esse é o futebol brasileiro. Este é o país onde a impunidade a cada dia que passa, caminha a passos largos para se tornar uma grande nação de desordeiros, torcedores sem postura, torcidas organizadas cada vez mais criminosas.

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