América: Do Andaraí Berço de Grandes Craques ao sepultamento em Mesquita

Uma das instituições esportivas mais reconhecidas e importantes do Rio de Janeiro, o América passa novamente por um dos momentos mais difíceis de sua história. Aliás na década de 2000 clube rubro mergulhou num sobe e desde de divisão que não consegue se segurar, uma situação triste para os torcedores que um dia viram seu time levantar taça de campeão.

Uma equipe com sete campeonatos estaduais: 1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935, 1960, que conquistou a taça de Campeão dos Campeões em 1982; Taça Guanabara de 1974 e 1982; 4º lugar no Campeonato Brasileiro, hoje encontra-se mergulhado em dívidas, escândalos, administrações erradas, brigas entre diretorias, brigas com a Federação e a CBF e levando o clube ao maior inferno astral.

                              A foto fala por sí própria 

Estes fatos todos, provocaram diversos rebaixamentos, desilusões, entrada e saída de inúmeros jogadores, treinadores então, perdeu-se a conta. Que saudades do América da década de 80 e 90, que tive a honra de ser setorista das rádios Fluminense, Capital e Bandeirantes. Um time que dava gosto ver jogar, com diretorias séries, presidentes honestos como: Álvaro Bragança, Lúcio Penna Lacombe, Álvaro Jorge de Olivier Grego, Francisco Cantisano, Luiz Carlos de Cairo.

Francisco Cantisano, um dos grandes opresidentes da década de 80

Quando começou o Século XXI, que o América deveria evoluir, já na era da informática, a coisa começou a degringolar, com péssimas administrações que começaram em 200 com Helio Fonseca de Amorim Gaudio e Neil Chaves de Souza; e seguiram José Roberto Justo, 2000 – 2002; Reginaldo Mathias dos Santos 2003 – 2008; Ulisses Salgado Rodrigues 2009 - 2011 Vinicius Cordeiro 2011 -  2013 e o atual Léo de Barros Almada, desde 2014, já que o mandato dos presidente agora no clube rubro são de três anos.  



José Trajano e Alex Escobar, torcedores ilustres
Um clube que não nasceu vermelho e branco e nem mesmo na Tijuca mas que esses traços foram incorporados pela genética americana ao longo do tempo. Um clube com diversas conquistas internacionais como: Torneio Interncional de Nova York em 1962; Torneio Internacional Governador Negrão de Lima em 1967; Torneio Costa Dourada em 1983, entre outros

E hoje o que vemos é esse desmando total, uma sucessão de besteiras, imbecilidades, decisões estapafúrdias, contratações erradas, dirigentes que colocam o ego na frente do amor às cores vermelho e branco, afundando um time que já foi o segundo de todo torcedor carioca e que sempre foi amado por todos.



Zico, ídilo do Flamengo e oriundo de uma familia de americanos, homenageada recentemente














Um clube que tem torcedores ilustres como: José Trajano, Paulo Betti, Tim Maia, Jorge Perlingeiro, Dona Ivone Lara, Sobral Pinto, Técio Lins e Silva, Tico Santa Cruz, Zagalo, Nicole Puzzi, Fontoura, Ermelinda Rita, Alex Escobar, entre muitos outros. Um clube que já foi cantado em verso em prosa, tanto namusica como na poesia brasileira.
José Trajano

Alex Escobar



Um time que já teve craques de seleção brasileira como: Luizinho Lemos, Alex, Jorge Vieira, Paulo Cesar Caju, Osvaldinho, Maneco Edu Coimbra, Leônicas, Ivo Wortman, Plácido, Orlando Lelé, Djalma Dias, Danilo Alvim, Elói, etc.

ERRO GRAVÍSSIMO
                    
                   Estádio Wolney Braune (Andaraí), berço de grandes craques
O maior erro do América foi sair do Andaraí, vender o estádio Wolney Braune, berço do clube, celeiro de grandes craques, e se transferir para aquela porcaria que se chama Estádio Giulite Coutinho, lá no fim do mundo. Giulite não merecia isso. Desde que saiu da Tijuca, nunca mais o América se encontrou. As ruas Barão de Sçao Francisco e Teodoro da Silva, fazem muita falta ao América, pois ali havia uma grande gama de torcedores que empurravam o time.

Era muito mais bonito chegar num estádio com capacidade para 5 mil pessoas e ve-lo lotado, do construir um com capacidade de 13 mil pessoas, fora demão, em Mesquita ou Edson Passos, como queiram  e viver nessa situação de penúria.

Com o dinheiro da venda do médio volante Amaro para a Juventus de Turim em 1961, o America comprou o campo do Andarahy FC por 60 milhões de cruzeiros e o Estádio de Campos Sales foi demolido para se transformar em sede social. O Wolney Braune passou a ser o estádio do clube até 1993, quando foi vendido para uma empresa que construiu um shopping no local.

O América inaugurou em 23 de janeiro de 2000, na vitória de 3 a 1 sobre a seleção carioca o seu novo estádio, homenageando com o seu nome o seu ex-dirigente, Giulite Coutinho,  Baixada Fluminense, mantendo a sede social na Rua Campos Sales, no na Tijuca, que hoje inclusive necessita de inúmeras reformas.

O América dos grandes times de futebol o time vencedor dos campeonatos de basquete, o clube dos grandes bailes de carnaval, do glamour da Tijuca, acabou, morreu, foi sepultado.

Hoje o que temos é um bando de jogadores sem amor à camisa, que não honram as tradições do time e dirigentes sem compromisso com o que de mais belo já existiu em termos de clube de futebol, desde seu hino, composto por Lamartine Babo, ás cores da camisa.
 Tia Ruth, torcedora símbolo, paixão eterna

                       O time do título mais recente. campeão da 2o divisão



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