O Mobiliário Urbano e a falta de projeto
Que a cidade de Nova
Friburgo está abandonada, isso não é novidade para ninguém. Mas este abandono
já persiste há pelo menos 20 anos, porque os prefeitos que se sucederam no
poder, não se interessaram em, no mínimo, melhorar o aspecto da outrora “Suíça
Brasileira”. A cidade hoje não tem cara, não
tem um projeto de Mobiliário Urbano. São bancos de praças quebrados, sem
pintura, pontos de ônibus sem cobertura, lixeiras quebradas, resultado da ação
de vândalos na calada da noite, orelhões quebrados sem funcionamento e muito
mais.
É verdade que
muitos destes problemas ás vezes são causados por desocupados, sem identidade
com a cidade, que após sair de suas atividades noturnas, saem quebrando tudo
que encontram pela frente. É uma questão de educação.
É preciso não
só o projeto, mas assim que ele for elaborado, a municipalidade cumpri-lo,
criar métodos de segurança para que ele seja mantido, pois de nada adianta
fazer um projeto que fique só no papel.
Nova Friburgo
tem tudo para ser uma cidade investidora em design, mas isso não acontece,
exatamente por todos esses motivos já expostos e também pela falta de conhecimento
sobre esse setor estratégico.
Investir em
design na concepção e execução de mobiliário urbano é mostrar que a cidade
caminha lado a lado com a modernidade e torna a vida dos cidadãos mais fácil e
integrada, com preocupação com acessibilidade e sustentabilidade. É de fato
inadmissível ver uma cidade turística como a nossa não ter um novo projeto de
mobiliário urbano a mais de uma década, mostrado aparelhos sucateados e sem
apresentar uma integração de conceitos de projeto.
Diversas
cidades em outros estados, algumas menores que Friburgo, revitalizaram a cidade
graças a projetos de design que englobaram não só o mobiliário urbano, mas
também a questão do código de posturas e padronização do calçamento. Ao invés
de viagens ao Japão, que tem sim sua validade, poderiam visitar cidades como
Maringá - PR, Vinhedo – SP e tantas outras onde, com inteligência e projeto,
houve uma mudança latente na autoestima do cidadão em relação a cidade em que
se vive. Fica a dica.
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