Intolerância religiosa ou fanatismo?
?Quando resolvi a 37 anos, escolher Nova Friburgo como minha
segunda cidade, imaginava uma cidade acolhedora, de clima agradável, carinhosa.
Até o final da década de 90, isso era realidade, a Suiça Brasileira era uma pedaço do céu. A partir do início da década de 2000, Nova Friburgo se transformou numa terra impiedosa, sem identidade, perdeu suas
raízes e com um povo preconceituoso, racista e intolerante. E dois fatos me
chamara atenção esta semana, ambos ligados ao fanatismo religioso.
Esta semana alguns fatos de intolerância religiosa foram
marcados em Nova Friburgo. Essa palavra intolerância, foi o tema do cotidiano
da semana em diversos lugares e diferentes formas.
Na segunda-feira, um fato assustador, uma cena lamentável, quando a obreira da igreja evangélica disse que
não aluga a casa dela para católico
porque ela é purificada e não sabe conviver com pessoas que adoram uma
negra estampada num pedaço de barro.
Quarta-feira um aluno de uma escola pública friburguense foi
humilhado e desmoralizado por colegas de classe, quando disse que era médium
umbandista, que tem uma entidade sensitiva que herdou de seus avôs.
Finalmente, nesta sexta-feira, o Pastor disse numa emissora de
rádio que a Bíblia Sagrada não manda rezar para os anjos, “ não existe anjos ou
santos, existe o Senhor Jesus, mais nada” disse o Pastor.
Intolerância religiosa é um termo que descreve um conjunto de
ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas, que somadas a
falta de habilidade ou a vontade em reconhecer e respeitar diferentes crenças
de terceiros, é considerado um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade
humana.
A intolerância religiosa é um dos problemas mais delicados do
mundo. O fanatismo religioso conduz algumas pessoas a realizar guerras, conflitos
contra as outras, em nome de sua religião.
A questão é preocupante porque envolve o seu humano em sua mais
pura essência quando sua crença religiosa é colocada em jogo. Intolerância
religiosa é um termo que descreve um conjunto de ideologias e atitudes
ofensivas a crenças e práticas religiosas.
Essas atitudes, somadas a falta de habilidade ou a vontade em
reconhecer e respeitar diferentes crenças de terceiros, é considerado um crime
de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.
Neste contexto, a perseguição pode tomar vários rumos, desde
incitamento ao ódio até a torturas e espancamentos. Mas a perseguição não é um
problema atual. Ela ocorre desde os primórdios da antiguidade, quando os
primeiros cristãos foram perseguidos por judeus e pagãos.
É inegável que o problema existe, e embora o Brasil não tenha histórico de
conflitos armados motivados pela religião, como ocorrem no Oriente Médio, na
Índia, entre outros países, por exemplo, atitudes isoladas estão fazendo a intolerância
religiosa estar na principal pauta da mídia.
Há algumas semanas, um grupo de evangélicos, fez uma
manifestação em frente ao prédio que
estava recebendo muçulmanos em Copacabana.
Não somos o País Islámico. Nova Friburgo não pode retroagir ao
Século 18. Nossa cidade não tem característica de fanatismo religioso.
Católicos, evangélicos, espíritas, judeus, etc, sempre tiveram
total liberdade na cidade e não podemos perder esta característica de
liberdade, religiosidade.
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