As imagens da dor



Doloroso ver o  tobogã do Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) ser demolido depois de 81 anos já que ele começou a ser construído em 17 de setembro de 1938  e inaugurado em 27 de abril de 1940 com o torneio Taça Cidade de São Paulo entre Palestra Itália (hoje Palmeiras), Corinthians, Coritiba e Atlético Mineiro diante de 37.730 pessoas, cujo campeão foi o Palestra Itália que  venceu o Coritiba por 6 x 2.

O estádio recebeu público record de 73.532 pessoas na partida  Santos 1 x 1 Palmeiras em 11 de dezembro de 1977, pelo Campeonato Brasileiro.

Hoje, ao vermos tratores, dragas e outros equipamentos dentro do estádio demolindo o tobogã, bate uma tristeza, melancolia, agonia, e até mesmo desespero.

Participei de centenas de jogos no Pacaembu. Pude ver Pelé, Ademir da Guia, Leão, Leônidas da Silva, Rivelino, Enéas, Zenon, Sócrates e muitos outros.

Vi meu Palmeiras conquistar títulos, assim como os outros grandes paulistas, dezenas de partidas por várias competições.

E meu lugar preferido era o tobogã. Eu só comprava ingresso no tobogã. Naquele tobogã eu ri, chorei, gritei, cantei, pulei, comemorei vitórias, sai derrotado, festejei títulos, perdi outros, mas acima de tudo fiz amigos.

Hoje, ao ver essas imagens, o sentimento é de pesar, luto por ver desaparecer um dos mais tradicionais locais de um estádio de futebol. 

O Pacaembu está de luto. São Paulo está de luto. O Brasil está de luto. A torcida brasileira está de luto. O futebol está de luto. 

Meus pêsames aos envolvidos. 

Getúlio Vargas (Presidente da República que esteve na inauguração), Paulo Machado de Carvalho, (patrono), Ademar de Barros (Governador época), Prestes Maia (Prefeito) devem estar de bruços no túmulo vendo essa tragédia.

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