A cultura da morte num país decadente e sepultado


Não tive oportunidade de conversar com nenhum parente, amigo, professor ou conhecido do Willian, o sequestrador do ônibus de Niterói, mas estou incomodado, angustiado, e sentimento de muita tristeza toma conta do meu íntimo. Nem conhecia o rapaz, nunca o vi antes, mas fico pensando e mensurando a dor que a família dele está sentindo. Somente quem já perdeu um ente querido, sabe o quanto é difícil, olhar dentro de casa e ver que a pessoa nunca mais voltará.

Ali não estava um bandido, um pessoa ruim, mas um ser infeliz que necessitava ajuda, um ser humano que precisava encontrar seu caminho. Não mataram só o homem que ameaçou 37 pessoas, mas toda família dele.

Não me interpretem como um acusador da policia, de forma nenhuma, ela fez a parte dela, porém exageradamente, porque para isso existem negociadores especiais, como já aconteceu em outros casos. Não estava ali u bandido, um marginal, mas um desequilibrado que colocou sim pessoas e risco, mas não chegou ao final de sua ação. Não tinha necessidade de uma morte com seis tiros.

Esse mesmo critério não é usado com bandidos da mais alta periculosidade que estão soltos nas ruas do Rio de Janeiro. Não existe isso nos altos de morro. Mas vale uma reflexão sobre crimes hediondos e que os praticantes tem benevolência da lei: o casal Nardone; Suzane Von Rischtofen;  Gil Rugai; o goleiro Bruno (que já retornando ao futebol); os assassinos do menino João Heio Rocha, a Juiza Patricia Acioli, Mariele Franco, o menino Bernardo Boldrini de 11 anos; e muitos outros.

Estou muito mais triste ainda vendo religiosos pregando a cultura da morte quando Jesus pregou vida. Religiosos que praticam os mandamentos da lei de Deus cuo sexto diz, “ Não Matarás”.
Me assusta ver que cada vez mais a Biblia Sagrada é jogada no lixo por comerciantes da religião que usam a mídia para se tornar famosos e esquecem a função precípua de um evangelizador. Se esquecem do Evangelho e cito alguns trechos: (Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino” (1 João 3:15)
Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta: 17 olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, 18 coração que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, 19 a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos. (Provérbios 6, 16 a 19)
(Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: 'Não matarás', e 'quem matar estará sujeito a julgamento'.22 Mas eu digo a vocês que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: 'Racá', será levado ao tribunal. E qualquer que disser: 'Louco!', corre o risco de ir para o fogo do inferno. Mateus 5:21 e 22).
Não vou compactuar com a alegria pela morte, a comemoração por tiros, sangue escorrendo, vidas sendo ceifadas. Não vu compactuar com a felicidade de um Presidente que insiste em liberar o porte de arma, numa população que está incitada pelo ódio, violência, mágoa, desprezo, falta de carinho e tudo mais.


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