. Paulo ainda está vivo na nossa memória


 Se estivesse vivo hoje estaria completando 101 anos. D. Paulo Evaristo Arns, Cardeal Aarcebispo de São Paulo de 22 de outubro de 1970 a 15 de abril de 1998, quando renunciou, por limite de idade, detendo o título de Arcebispo-emérito de São Paulo, onde permaneceu e faleceu em 14 de dezembro de 2016 com 95 anos. Foi o quinto arcebispo de São Paulo, terceiro prelado dessa Arquidiocese a receber o título de Cardeal. Era arcebispo-emérito de São Paulo e proto-presbítero do Colégio Cardinalício

Sua morte foi muito sentida, visto que em seus 28 anos de episcopado na Capital Paulista, D. Paulo foi acima de tudo um Pai para todos os católicos e mesmo depois que deixou o cargo, continuou sua missão de viver na prática o amor ao próximo. Ele começou revolucionando seu episcopado, quando não quis morar no Palácio Episcopal e alugou um pequeno apartamento na rua Mococa (Lapa).

Sua atuação pastoral foi voltada aos habitantes da periferia, aos trabalhadores, à formação de comunidades eclesiais de base nos bairros, principalmente os mais pobres, e à defesa e promoção dos direitos da pessoa humana. Ficou conhecido como o Cardeal dos Direitos Humanos, principalmente por ter sido o fundador e líder da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, e sua atividade política era claramente vinculada à sua fé religiosa. Segundo ele: "Jesus não foi indiferente nem estranho ao problema da dignidade e dos direitos da pessoa humana, nem às necessidades dos mais fracos, dos mais necessitados e das vítimas da injustiça. Em todos os momentos Ele revelou uma solidariedade real com os mais pobres e miseráveis (Mt 11, 28-30); lutou contra a injustiça, a hipocrisia, os abusos do poder, a avidez de ganho dos ricos, indiferentes aos sofrimentos dos pobres, apelando fortemente para a prestação de contas final, quando voltará na glória para julgar os vivos e os mortos." Era conhecido como “ o Cardeal da resistência” por causa de toda sua luta em favor dos pobres, excluídos, e até mesmo os exageros da ditadura militar.  

Agradeço a Deus por  ter trabalhado pastoralmente ao seu lado, ter sido um dos cerimoniário dele e ter tido contato bastante estreito, como pai e filho, sempre atendendo com um grande sorriso, que nos cativava.

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