Diocese de Nova Friburgo celebra São Camilo de Lélis
Nesta quarta feira, 14 de julho, a Igreja celebra o dia de São Camilo de Lellis, padroeiro dos doentes, sofredores, profissionais da Saúde e Hospitais.
Na Diocese de Nova Friburgo, o Bispo Diocesano D. Luiz Antônio Lopes Ricci, presidirá a Santa Missa na Catedral Diocesana São João Batista, às 16h, e rezará também em ação de graças por aqueles que já se recuperam da Covid-19.
Outro detalhe importante é que no altar da Catedral, estará a relíquia de São Camilo.
Serão seguidas todas as orientações do Decreto Municipal, com as normas sanitárias, por isso o ato religioso terá transmissão ao vivo, através das redes sociais da Diocese de Nova Friburgo (facebook e canal do YouTube).
Informações quanto à presença no templo devem ser obtidas pelo telefone: (22) 2522.1764.
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14 de Julho - quarta-feira d 15º semana do tempo comum
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome.
Leitura do livro do Êxodo.(3,1-6.9-12)
3 Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb. O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia."Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome."Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: "Moisés, Moisés!" "Eis-me aqui!" respondeu ele. E Deus: "Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu sou, ajuntou ele, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó". Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus. "Agora, eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, eu te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo". Moisés disse a Deus: "Quem sou eu para ir ter com o faraó e tirar do Egito os israelitas?" "Eu estarei contigo, respondeu Deus; e eis aqui um sinal de que sou eu que te envio: quando tiveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus sobre esta montanha".
L- Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus
Salmo responsorial, 102
Refrão: O Senhor é indulgente, é favorável
Todos: O Senhor é indulgente, é favorável
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
Todos: O Senhor é indulgente, é favorável
Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.
Todos: O Senhor é indulgente, é favorável
O Senhor realiza obras de justiça
e garante o direito aos oprimidos;
revelou os seus caminhos a Moisés
e, aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
Todos: O Senhor é indulgente, é favorável
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, no capítulo 11 e versículos de 25 a 27
11 25Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. 26Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. 27Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo".
D - Palavra da Salvação.
Todos: Glória a Vós Senhor
Reflexão
LOUVANDO O PAI
A oração de Jesus resulta de uma experiência vivida no seu ministério. Enquanto os líderes religiosos do povo resistiam em aceitá-lo e converter-se ao Reino, o povo simples e inculto mostrava-se receptivo diante de sua mensagem, deixando-se tocar por ela. O fracasso junto aos sábios e doutores era, pois, compensado pelo êxito junto aos pequeninos.
Refletindo sobre este episódio, Jesus detecta a ação do Pai no coração de quem é tido como incapaz de penetrar nas profundezas do saber teológico. Evidentemente, o saber revelado pelo Pai aos pequeninos não é de caráter intelectual. Pouca serventia teria para eles um saber que leva ao orgulho e à arrogância. Eles carecem de um saber existencial, que lhes toque o fundo do coração, predispondo-os para assimilar a sabedoria do Reino. Esta, sim, pode trazer salvação, por gerar solidariedade, partilha, reconciliação, vida em comunhão. A sabedoria revelada por Deus leva os pequeninos a se reconhecerem todos como irmãs e irmãos, convocados pelo Pai para viverem o amor. Quem adquire este tipo de sabedoria, coloca-se no caminho da salvação, o caminho de Deus.
Quanto aos sábios, a auto-suficiência impede-os de entrar numa dinâmica de amor-comunhão, por recusarem a se colocar no mesmo nível dos demais. Instruídos por si mesmos, estão fadados a cultivar uma sabedoria puramente humana, ineficaz em termos de salvação.
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São Camilo de Lélis
Uma criança de gênio forte
São Camilo de Lellis foi um homem extremamente comum, que sentia Deus em seu coração falando com ele interiormente. Ele tinha suas fraquezas e, por muitas vezes, se deixava levar por elas, prejudicando, principalmente, a si mesmo. Era um homem decidido. Quando decidiu-se por Deus, lutou e mudou. Atendeu ao chamado do Senhor e enxergou uma sombra onde poderia levar a luz de Deus: nos sofrimentos das enfermidades.
São Camilo de Lellis, é patrono dos enfermos, dos hospitais e profissionais da saúde. Um homem que deixou de lado a própria enfermidade para cuidar do próximo.
Quando nasceu, seus pais, João e Camila, já eram bem vividos. O pai tinha 55 anos e a mãe, 60. Por conta disso, Camilo os perdeu ainda muito novo. A ausência da mãe, por exemplo, aconteceu quando ele tinha apenas 12 anos de idade.
Antes dessa tragédia, o menino Camilo foi criado basicamente só por Camila, uma vez que seu pai era militar e viajava muito, passando maior parte do tempo ausente. Quando podia estar em casa, João procurava compensar a sua falta dedicando-se ao máximo a dar atenção ao filho e à esposa.
Talvez por conta da falta do pai em casa, Camilo se tornou um menino um tanto rebelde. Depois da morte da mãe, o pai resolveu levá-lo consigo para o trabalho. Logo depois, mesmo Camilo sendo muito jovem, João conseguiu com seus superiores uma primeira oportunidade de trabalho para o filho. Grande e forte, mas sem estudos, Camilo trabalhava nos serviços pesados.
Camilo de Lellis passou um bom tempo da sua vida acompanhando o pai. Quando completou 16 anos, tentou ingressar no Exército. Sem sucesso da primeira vez, aos 19 viajava na companhia do pai para se alistar novamente. O que ele não esperava é que seu pai adoeceria no meio do trajeto e, em pouco tempo, antes mesmo de completar a viagem, morreria.
Mesmo com a perda, Camilo não desistiu do seu sonho de se tornar militar até, enfim, ser aceito. Contudo, sua permanência no Exército não durou muito!
Sozinho no mundo, ele viveu os prazeres que o mundo lhe oferecia. Viciou-se em jogos de cartas, assim como tinha sido com seu pai. Ganhava muito dinheiro e, na mesma proporção, o perdia.
Chegou ao ponto de ficar sem nada, vivendo nas ruas como mendigo. E, era exatamente nesses momentos de dor e sofrimento que Deus começava a falar ao coração de Camilo. Não foram poucas as vezes em que tentava recomeçar e fraquejava. Demorou até que, um dia, finalmente, ele tomou uma decisão para sua vida.
Uma ferida que o acompanhou pela vida inteira
Durante muito tempo, São Camilo de Lellis carregou as dores de uma ferida no peito do pé direito. Ela surgiu ainda na juventude, mais ou menos quando tinha 20 anos de idade. Iniciou, primeiro, como uma pequena bolha que, de tanto mexer, se tornou ferida e, aos poucos, foi tomando a perna inteira.
Esta ferida tornou-se, com o tempo, um canal da graça de Deus para sua missão. Foi por causa dela que ele não permaneceu no Exército e, pelo mesmo motivo, o convento franciscano o dispensou, orientando-o que fosse à Roma tratar o problema no Hospital de São Tiago dos Incuráveis.
Foi nesse hospital que São Camilo teve a inspiração de começar o seu serviço às pessoas enfermas. Mesmo com a ferida em seu pé que não cicatrizava e todo sofrimento que ela lhe trazia, Camilo atendeu ao chamado de Deus e abraçou com firmeza a sua missão: tratar cada doente como se fosse o próprio Senhor.
A Ordem dos Ministros Enfermos
No auge dos seus 30 anos, São Camilo sente o chamado de fazer mais pelos enfermos. Nessa época, ele já tinha passado por três longos períodos de tratamento no Hospital de São Tiago para curar a ferida de sua perna. De tanto viver por lá, ao mesmo tempo em que se tratava, já trabalhava também Chegou a ser administrador do hospital, cuidando, entre outras coisas, da equipe de trabalho, da compra de alimentos, da troca e cuidado com os lençóis.
Observando aquele contexto, percebeu que ainda era possível fazer mais pelos doentes. Ele queria cuidar de suas enfermidades, mas, além disso, dar um lugar digno para cada paciente, que inclua roupas limpas, ambiente arejado, tratamento humanizado, conversas de amigo etc. Ele dizia que o cuidado dado a um paciente de hospital deveria ser o mesmo que uma mãe dá ao seu filho único quando este está enfermo.
Com a providência divina, conseguiram alugar uma casa para servir de sede da companhia e, a partir daí, a missão foi tomando proporções cada vez maiores. Aos 32 anos, decidiu tornar-se padre, tendo em vista que, como sacerdote, poderia fazer mais pela missão. Foi aceito no seminário e, mesmo sem ter nenhum bem em seu nome, exigência para financiar os estudos, a providência divina agiu por meio de benfeitores que custearam tudo, permitindo assim que um dia ele fosse ordenado.
Enxergando a necessidade de um nome para a companhia, os membros se reuniram e discerniram que ela se chamaria Companhia dos Ministros Enfermos. Depois do nome, as primeiras regras desta companhia foram escritas e aprovadas. Em 1586, a companhia conseguiu aprovação pontifícia do Papa Sisto V, tornando-se uma congregação religiosa. Em 1591, o Papa Gregório XIV aprovou os estatutos e, o que antes era congregação, virou uma Ordem Religiosa: a Ordem dos Ministros Enfermos.
Hoje, a Ordem dos Ministros Enfermos, popularmente conhecidos como Camilianos está presente nos cinco continentes do mundo. A maior expansão se deu no Século XX, devido às duas grandes guerras mundiais. No Brasil, eles chegaram em 1922, na cidade de Mariana (MG).

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