Mídia friburguense abandona as Folia de Reis

Já tradicional em Nova Friburgo o Encontro de Folias de Reis, reúne mais de 30 folias em dois finais de semana na Praça Lafayete Bravo em Conselheiro Paulino. Essa tradição é antiga  as folias se reúnem no Presépio que num passado ficava na porta da Paróquia Santa Terezinha, hoje na praça, não se sabe o motivo da transferência de local.

Mas mesmo assim, elas fazem a festa. No último sábado, aproximadamente 15 Folias de Reis movimentaram o bairro entre 10 e 20h, nem clima de muita alegria e religiosidade. No próximo domingo, 18 de janeiro, elas e outras duas dezenas, retornam no horário compreendido entre 08 e 22h, encerrando os festejos natalinos oficialmente em Nova Friburgo.

Há de se lamentar a ausência da mídia friburguense, que nos últimos anos não se interessa pelo folclore, além do que, este movimento é também uma atividade religiosa.
Assim como o carnaval a cada ano perde espaço na mídia, que se acostumou ao “bate no Google” e “copia e cola”, as Folias de Reis, não temais o prestígio da imprensa local. Uma lástima, porque temos na cidade sete emissoras de televisão, quatro rádios, um jornal diário, quase uma dezena de periódicos semanais, quinzenais e mensais e não se viu ninguém sábado passado em Conselheiro Paulino.

A Folia de Reis e  uma manifestação cultural religiosa festiva e classificada, no Brasil, como folclore; praticada pelos adeptos e simpatizantes do catolicismo, no intuito de rememorar a atitude dos Três Reis Magos, que partiram em uma jornada à procura do esconderijo do Prometido Messias (O Menino Jesus Cristo, para prestar-lhe homenagens e dar-lhe presentes.

Essa história é relatada na Bíblia Sagrada, no capítulo 2 do  Evangelho, Segundo Mateus. Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Três Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro.

Em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal. No estado do Rio de Janeiro, no Brasil, os grupos realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, o padroeiro do estado.

Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas, tocando músicas alegres em louvor aos Santos Reis e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos três Reis Magos, 6 de janeiro.

Trata-se de uma tradição vinda da Espanha que ganhou força especialmente no século XIX e que mantém-se viva em muitas regiões do País, sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, dentre outros. Em Salvador, terra onde a religiosidade transborda, seja através do candomblé ou do catolicismo, não poderia faltar, no calendário, a Festa de Reis, que acontece no bairro da Lapinha.

Iniciada por um tríduo preparatório, a festa tem o seu ápice no dia 5 de janeiro, quando ocorre o desfile dos Ternos de Reis que vêm de diversos locais da cidade. Um dos ternos mais tradicionais é o Rosa Menina que vem do bairro de Pernambués, fundado em 1945, é hoje, o mais antigo da cidade, tendo à frente seu Silvano, um dos seus fundadores.

A missa principal, celebrada em geral pelo arcebispo da cidade, acontece na Igreja da Lapinha, onde é possível se admirar um maravilhoso presépio em tamanho natural. Complementando a festa não poderiam faltar as barracas de comidas, bebidas e jogos, que dão o tom profano.

No Brasil, a visitação das casas, que prossegue do final de dezembro até o Dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos.

Canções
Em algumas regiões, as canções de Reis são por vezes ininteligíveis, dado o caos sonoro produzido. Isto ocorre, quase sempre, porque o ritmo ganhou, ao longo do tempo, contornos de origens africanas com fortes batidas e com um clímax de entonação vocal. Contudo, um componente permanece imutável: a canção de chegada, onde o líder (ou capitão) pede permissão ao dono da casa para entrar, e a canção da despedida, onde a folia agradece as doações e a acolhida, e se despede.


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